22 de set. de 2014
Interpretar é fabuloso!
Certa vez assisti um filme com meu marido, que me marcou profundamente. A história, em si, não era tão atrativa assim, mas a forma como foi desenvolvida, impressionante. “Amnésia” é o tipo de filme que você ama ou odeia. Não conheço alguém que tenha uma opinião média sobre ele.
A esta altura, você deve estar se perguntando o que isso teria a ver com o título “Interpretar é fabuloso!”. Fácil! Durante o filme, em uma das cenas, o narrador, que também é o personagem principal, explica algo fantástico, que tem tudo a ver com a interpretação de algo.
Quando duas pessoas observam uma cena, cada uma delas terá uma interpretação diferente do que viu. A forma de interpretar depende das experiências anteriores e também dos anseios da pessoa em relação à cena. Sendo assim, duas pessoas que viram uma mesma cena irão contá-la de forma diferente.
Isso não significa que a descrição está errada. Apenas mostra que cada pessoa interpretou de uma forma diferente, de acordo com seus conhecimentos e crenças.
Quando trabalhamos com interpretação na escola, o grande X da questão é ensinar o aluno a perceber fatos e separá-los de opiniões. Notar o que o autor quis dizer ou saber responder objetivamente uma pergunta é muito importante, pois requer um nível mais avançado de interpretação.
Costumamos reclamar que nossos alunos não sabem resolver situações-problema, que não interpretam textos ou que não entendem o que está escrito. A grande pergunta é: como estratégias de interpretação foram trabalhadas com esse aluno?
Para que um aluno esteja apto a interpretar do modo como desejamos, é preciso mostrar o caminho, de certa forma, treinando-o a partir de textos curtos até os mais elaborados, seguindo uma linha de pensamento.
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