19 de set. de 2014
Alguns Benefícios Didáticos do Jogo de Xadrez
O Cérebro é como um músculo, se usado Desenvolve Mais, caso contrário, atrofia...
"Sem Questionamento torna-se impossível alcançar o Discernimento..."
Ver com clareza não significa apenas ter bons olhos, mas ter olhos que queiram ver...
Parece que um dos grandes problemas dos nossos tempos é a visão quase sempre parcial que temos das coisas à nossa volta. Isso normalmente ocorre porque valorizamos a especialização. Desde cedo somos condicionados a buscar na especialização uma resposta para todos os nossos problemas. Isso limita nossa visão do mundo, uma vez que passamos a ver tudo como fragmentos.
É como se olhássemos o mundo de uma janela, e a parte visível representasse tudo o que existe. Se emocionalmente reagimos de uma maneira bem peculiar, diante de cada situação, assim como nós, todas as outras pessoas têm seu próprio modo de reagir às mesmas situações. Podemos constatar isso facilmente, pela observação dos nossos gostos, particularidades, medos, e assim por diante.
Um dos grandes desafios do educador deveria ser o formar alunos dentro de uma filosofia integral. Por integral entendemos, ver o movimento da vida como uma coisa só, não estática, sempre dinâmica, e não como fragmentos, como é a visão especialista. Entendemos que a vida como um todo retrata todas as faces do ser humano, suas crenças, os medos, os conflitos, as incertezas, a angústia, e todo sofrimento ao qual ele está sujeito, e também seu funcionamento fisiológico. Mas não podemos ignorar que, o seu processo psicológico merece uma atenção especial.
Não podemos compreender um ente humano a partir de uma parte do seu comportamento, de uma posição social, de uma situação étnica, de uma postura ideológica. Ele é tudo isso e muito mais; mais do que podemos perceber com nossos sentidos ordinários, e nossa mente condicionada, limitada pela especialização.
De certo modo somos orientados desde cedo, a seguir uma carreira, a pensar dentro de uma metodologia, dentro de uma doutrina ou conjunto de regras, o que acaba se tornando o nosso mundo. Um mundo privado e cercado pelas muralhas desse conhecimento, que é o nosso saber, e atrás das quais nos escondemos. E isso acaba por nos confortar, criar acomodação, pois é um terreno sempre conhecido, mas é como se além daquilo nada mais existisse.
Entender que a vida é dinâmica e está sempre em transformação, que é um mundo onde as alternativas mudam de posição a todo momento, assim como exige o próprio ir e vir do viver, capacita o estudante a ter uma mente mais flexível, com disposição a se renovar sempre. Isso o facultará a acompanhar com mais realismo este incrível movimento.
Uma mente flexível sabe que as alternativas existem, e nunca se contenta com respostas prontas. É por natureza curiosa, está sempre aberta ao que é novo. O raciocínio lógico de algum modo capacita o jovem a pensar logo em alternativas, como possíveis respostas para seus problemas. Essa visão o impede de tomar decisões precipitadas em sua vida adulta, pois saberá que para todo problema, sempre haverá uma solução, e muitas alternativas para se chegar a ela. Uma mente assim é sem dúvida uma mente mais capacitada para lidar com a dinâmica da vida.
Um dos maiores dilemas do ser humano é sentir-se encurralado diante de uma situação qualquer. Nesse momento, nossa mente não consegue raciocinar de uma forma lógica, coesa, racional, e os pensamentos se tornam mais ou menos fixos, ou ficarão gravitando em torno de uma mesma coisa, ou ideia, enfatizando as implicações do problema, como se estivesse presa numa espécie de vácuo mental.
Numa condição assim, desaparecem as respostas prontas, e como que por encanto não conseguiremos vislumbrar alternativas, há como que uma espécie de engasgo temporário, do qual nossa mente não consegue se libertar. Isso acontece na maioria das vezes, devido ao nosso condicionamento rígido que valoriza a visão fragmentária, inflexível, especializada, das coisas.
E quase nunca somos capazes de ver um problema a partir da sua origem. E tentamos solucionar um problema pelos seus efeitos, o que é um grande erro, pois a consequência de um problema, na maioria das vezes, não representa o problema em si.Essa visão parcial limita nosso pensar, limita nossas ações diante de questões simples ou complexas. O indivíduo que se especializa numa determinada área do conhecimento, por certo terá uma visão bastante restrita de tudo que não diga respeito aos seus domínios. Isso é muito simples e lógico, mas nunca é tratado como uma das razões da angústia e conflitos humanos.
É como se olhássemos o mundo de uma janela, e a parte visível representasse tudo o que existe. Se emocionalmente reagimos de uma maneira bem peculiar, diante de cada situação, assim como nós, todas as outras pessoas têm seu próprio modo de reagir às mesmas situações. Podemos constatar isso facilmente, pela observação dos nossos gostos, particularidades, medos, e assim por diante.
Um dos grandes desafios do educador deveria ser o formar alunos dentro de uma filosofia integral. Por integral entendemos, ver o movimento da vida como uma coisa só, não estática, sempre dinâmica, e não como fragmentos, como é a visão especialista. Entendemos que a vida como um todo retrata todas as faces do ser humano, suas crenças, os medos, os conflitos, as incertezas, a angústia, e todo sofrimento ao qual ele está sujeito, e também seu funcionamento fisiológico. Mas não podemos ignorar que, o seu processo psicológico merece uma atenção especial.
Não podemos compreender um ente humano a partir de uma parte do seu comportamento, de uma posição social, de uma situação étnica, de uma postura ideológica. Ele é tudo isso e muito mais; mais do que podemos perceber com nossos sentidos ordinários, e nossa mente condicionada, limitada pela especialização.
De certo modo somos orientados desde cedo, a seguir uma carreira, a pensar dentro de uma metodologia, dentro de uma doutrina ou conjunto de regras, o que acaba se tornando o nosso mundo. Um mundo privado e cercado pelas muralhas desse conhecimento, que é o nosso saber, e atrás das quais nos escondemos. E isso acaba por nos confortar, criar acomodação, pois é um terreno sempre conhecido, mas é como se além daquilo nada mais existisse.
Entender que a vida é dinâmica e está sempre em transformação, que é um mundo onde as alternativas mudam de posição a todo momento, assim como exige o próprio ir e vir do viver, capacita o estudante a ter uma mente mais flexível, com disposição a se renovar sempre. Isso o facultará a acompanhar com mais realismo este incrível movimento.
Uma mente flexível sabe que as alternativas existem, e nunca se contenta com respostas prontas. É por natureza curiosa, está sempre aberta ao que é novo. O raciocínio lógico de algum modo capacita o jovem a pensar logo em alternativas, como possíveis respostas para seus problemas. Essa visão o impede de tomar decisões precipitadas em sua vida adulta, pois saberá que para todo problema, sempre haverá uma solução, e muitas alternativas para se chegar a ela. Uma mente assim é sem dúvida uma mente mais capacitada para lidar com a dinâmica da vida.
Um dos maiores dilemas do ser humano é sentir-se encurralado diante de uma situação qualquer. Nesse momento, nossa mente não consegue raciocinar de uma forma lógica, coesa, racional, e os pensamentos se tornam mais ou menos fixos, ou ficarão gravitando em torno de uma mesma coisa, ou ideia, enfatizando as implicações do problema, como se estivesse presa numa espécie de vácuo mental.
Numa condição assim, desaparecem as respostas prontas, e como que por encanto não conseguiremos vislumbrar alternativas, há como que uma espécie de engasgo temporário, do qual nossa mente não consegue se libertar. Isso acontece na maioria das vezes, devido ao nosso condicionamento rígido que valoriza a visão fragmentária, inflexível, especializada, das coisas.
E quase nunca somos capazes de ver um problema a partir da sua origem. E tentamos solucionar um problema pelos seus efeitos, o que é um grande erro, pois a consequência de um problema, na maioria das vezes, não representa o problema em si.Essa visão parcial limita nosso pensar, limita nossas ações diante de questões simples ou complexas. O indivíduo que se especializa numa determinada área do conhecimento, por certo terá uma visão bastante restrita de tudo que não diga respeito aos seus domínios. Isso é muito simples e lógico, mas nunca é tratado como uma das razões da angústia e conflitos humanos.
Uma visão parcial cria um individuo temeroso de tudo que possa encontrar além da sua área de atuação, e se sentirá naturalmente inseguro diante de qualquer situação que fuja do seu repertório intelectual. Será por natureza conservador, e sempre dependente de outros para guiar seus passos fora daquilo que conhece. Um indivíduo inflexível, que dificilmente conseguirá ser feliz diante de uma vida, que está sempre em movimento, sempre a se diversificar, em constante renovação.
Cérebro que não se Renova, definha por não ser colocado à Prova...
"Sem Questionamento torna-se impossível alcançar o Discernimento..."
Quando a lógica é bem aplicada, dentro do mundo concreto, não existe Problema sem Solução...
Sendo orientado para, a partir do todo se chegar à parte, o jovem praticante de Xadrez desenvolve a capacidade de antecipar situações possíveis de criar problemas. Logo, ele se torna mais capaz, não só de evitar futuros obstáculos, mas também de solucioná-los. Diante de cada problema, possibilidades múltiplas precisam ser consideradas. Essa bem que poderia ser a primeira orientação que deveríamos passar para nossos filhos e alunos. Isso resolveria o problema das verdades únicas, que afloram mundo afora, criando verdadeiras legiões de fanáticos alienados.
Teríamos um jovem sempre questionador, sempre disposto a aceitar, não apenas porque aquilo lhe é imposto, mas porque assim concluiu, depois de analisar dentre todas as possibilidades, que uma questão pode suscitar. Seguir sem questionar é fácil, é o que quase todos nós fazemos vida afora. Mas um indivíduo só se torna questionador, quando sabe que para cada questão, há sempre uma solução, dentre as inúmeras possibilidades, ou rotas, capazes de conduzir ao desfecho. Isso quer dizer que, uma mesma questão, apesar de ter apenas uma solução, tem vários caminhos para se chegar até ela, e não apenas um. Isso pode parecer simples, mas normalmente diante de um problema, ele emperra porque só conseguimos vislumbrar a solução que o mesmo exige, isto é, o caminho para onde o mesmo aponta. E por isso deixamos de fora os caminhos alternativos, que também nos conduziriam a essa mesma solução. O caminho único pode limitar nossa ação, mas diante de alternativas viáveis, acabaremos por encontrar uma que se mostre mais adequada ao nosso perfil e temperamento, aquela onde possamos exercitar todo nosso potencial criativo.
Uma visão mais ampla, quer dizer alguém que seja capaz de enxergar, não apenas o adversário que está diante de si, mas também todo ambiente à sua volta, todos os demais protagonistas que façam parte da cenografia; enfim, o maior número de detalhes do ambiente onde se desenvolve a trama, e seus possíveis desdobramentos. Essa perspectiva faculta uma quantidade maior de respostas.
A visão geral da situação, onde também se inclui o adversário, nos permite fazer uma melhor avaliação do problema, ampliar o espectro de suas consequências, quais as opções que temos para solucioná-lo. Com isso, podemos até concluir que aquilo nem era um problema. Uma visão limitada e restrita de uma questão pode nos colocar diante de uma situação com cara de problema, sem que de fato o seja.
Um jogador de Xadrez tem diante de si problemas, situações que se apresentam, de um modo inicial, como de difícil solução. Mas, eis que ao erguer sua vista, ele pode vislumbrar mais adiante, ter uma visão panorâmica, geral do tabuleiro. Ao ver o campo de ação por inteiro, ele pode apreciar melhor o problema que tem diante de si, a distribuição de suas variáveis, os caminhos que poderá tomar. Ali ele é capaz de avaliar, minimizar ou eliminar, os possíveis efeitos colaterais de suas decisões, e o mais importante, conhecer todos os recursos dos quais dispõe para tentar solucionar a questão.
Poderá prever se as soluções que imagina terão o efeito desejado. Terá ainda diante de si, as possíveis consequências de cada caminho que escolher. Ele tem uma visão privilegiada da situação por inteiro. Pode reconstituir todos os passos, de modo que o conduzam à raiz daquele obstáculo, e diante dos fatos, pode finalmente aprender sobre os eventuais desfechos das falhas já cometidas, ou que venham a ocorrer.
Poderá ainda prever como superar, no futuro ou no agora, cada dificuldade que se apresente diante dele. Para se aprender da forma adequada, a atenção é sem dúvida a qualidade mais importante. O jogo de Xadrez se propõe a despertar em primeiro lugar, entre seus praticantes, esse essencial estado de vigília. Isso tornará o jogador um observador qualificado, mais atencioso com os detalhes, mais criterioso, sagaz e capaz em suas decisões.
Sua visão se renova. Seu modo de pensar se amplia, e terá a seu favor dois fatores mais que importantes na solução de qualquer questão da vida. Um deles é a lógica que o ensinará a sistematizar e organizar uma questão antes de tentar resolvê-la. A outra é a versatilidade ou flexibilidade, atributo de uma mente aberta, ágil, que está sempre disposta a experimentar as novas possibilidades, além daquelas já existentes, para solucionar uma mesma questão.
Na visão tradicional, temos diante de nós, muitas soluções prontas para antigos e novos problemas. Se eles nunca se renovassem seria um cenário de mundo perfeito. Mas os problemas estão sempre mudando de forma, e as antigas soluções se mostram obsoletas, incapazes de resolver a coisa.
Uma mente vigorosa, ativa, cheia de músculos sinápticos bem desenvolvidos, é o benefício imediato de quem mentalmente articula muitos caminhos e possibilidades para se chegar a um objetivo. É a mesma coisa de um autor de ficção, a criar uma trama onde, por exemplo, o personagem principal, ao caminhar por uma estrada cheia de obstáculos, tivesse que tratar cada um, de uma maneira sempre nova, o que não seria possível com uma mente inflexível.
Nessa prática, devemos ainda enfatizar, que o jogo apesar de ser uma competição, não precisa tornar-se uma disputa. A atividade serve de instrução para os dois jogadores, e nesse contexto, não existe aquele que perde e outro que ganha, mas apenas dois aprendizes que estão adquirindo conhecimento.
Fonte:http://sitededicas.ne10.uol.com.br/art_jogo_de_xadrez2.htm
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