8 de mai. de 2014

Vacina contra a gripe


Departamento Cientifico de Pediatria Ambulatorial da SBP

A 16ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, realizada pelo Ministério da Saúde em todo o Brasil, acontece de 22 de abril até 9 de maio de 2014.

Veja a seguir algumas respostas para dúvidas frequentes sobre a gripe e a vacinação.


O que é gripe?

A gripe é uma infecção viral causada pelo vírus Influenza, que se apresenta com febre, dor no corpo, dores de cabeça e sintomas respiratórios como tosse, congestão de vias aéreas e dificuldade para respirar. Os sintomas variam de leves a graves, podendo levar ao óbito, dependendo do grau de agressão do vírus e principalmente do estado imunológico, nutricional e até psicológico do paciente.


Qual a diferença entre gripe e resfriado?

O resfriado pode ser causado por vários tipos de vírus que provocam sintomas semelhantes ao da gripe, variando de leves a graves, dependendo muito do tipo de vírus agressor e principalmente do estado geral do paciente.

Não existe uma vacina específica contra resfriado, pois existem centenas de vírus diferentes que causam a doença, o que dificulta o desenvolvimento de vacinas.

Já a gripe é causada por um vírus específico, o vírus Influenza, por isso é possível combatê-lo com a vacinação. Porém, como o vírus Influenza se divide em vários subtipos (cepas) que se renovam constantemente, é necessário atualizar a vacina contra a gripe a cada ano, para que ela seja eficiente ao tipo de vírus circulante no momento.

Tanto a gripe como o resfriado são transmitidos de pessoa para pessoa por gotículas respiratórias.


Como evitar a gripe?

Além da vacina, são medidas importantes na prevenção da doença a lavagem das mãos, e evitar ambientes fechados e mudanças bruscas de temperatura. Além disso, quando uma pessoa estiver gripada, é muito importante a “etiqueta” respiratória, protegendo a boca ao tossir ou espirrar, para diminuir a contaminação de outras pessoas.


A vacina protege contra todos os vírus?

A vacina, em 2014, está programada para proteger contra os três vírus Influenza que têm a maior probabilidade de circular este ano: AH1N1, AH3N2 e B. Quem define esta composição é a Organização Mundial da Saúde (OMS), que faz a vigilância da gripe em todo o mundo. São 110 centros mundiais, sendo três no Brasil, que ficam acompanhando a circulação do vírus Influenza. Em determinado momento, a OMS define quais os mais prováveis de acontecer no ano e na região (no nosso caso, no hemisfério Sul).


Quem deve fazer a vacina?

A população de maior risco, este ano com uma novidade, a ampliação do público-alvo, incluindo as crianças de seis meses até os cinco anos incompletos (quatro anos, 11 meses e 29 dias). Até o ano passado, a vacina era aplicada na infância apenas em crianças até os dois anos. Também é recomendada para pessoas de qualquer idade que apresentem comorbidade, isto é, alguma doença crônica como a asma, diabetes, doenças renais, entre outras.

Além do público infantil, o grupo de risco inclui ainda os profissionais da saúde, indígenas, gestantes e os idosos acima de 60 anos, que também receberão a vacina na rede pública.

Qualquer cidadão acima dos seis meses de idade pode tomar a vacina. As pessoas classificadas como pertencentes ao “grupo de risco” a recebem gratuitamente na rede pública, os demais podem receber de modo privado.

Já está cientificamente e estatisticamente comprovado que a vacinação contra a gripe na população fora da chamada “população de risco” também é eficaz, principalmente na redução de faltas no trabalho e na escola. Por isto, muitas empresas e escolas estão investindo recursos próprios para vacinar seus funcionários e alunos.
 

A vacina é 100% eficaz?

Não, a eficácia da vacina depende de uma série de fatores. O primeiro deles é se os vírus que irão circular serão iguais àqueles definidos pela OMS como os mais prováveis. Outros fatores importantes são a idade (em idosos a eficácia é menor) e situações de saúde que podem fazer com que a resposta imune (a criação de anticorpos pelo organismo) não seja adequada.
Entretanto, os estudos científicos e estatísticos realizados em todo o mundo documentam uma excelente relação risco/benefício. Resumindo em uma linguagem bem simples, “é melhor tomar, do que não tomar a vacina”. 


A vacina pode causar eventos adversos?

Sim, como qualquer vacina, pode ocorrer dor no local da aplicação, ficar um pouco inchado, vermelho e eventualmente febre. É importante salientar que a vacina, por ser inativada, não pode causar gripe como reação.


Quais as contraindicações?

Como regra geral, deve-se evitar aplicar qualquer vacina em crianças que estejam com febre ou alguma doença aguda (pneumonia, infecção gastrintestinal, etc.). Assim que ocorra a resolução do processo agudo, a vacina deve ser aplicada.

Pacientes em tratamento quimioterápico para o câncer ou em uso de medicamentos imunossupressores para doenças crônicas, assim como as crianças que tiveram reação anafilática ao ovo (reação alérgica muito grave) com necessidade de atendimento de emergência, devem consultar seu médico para orientação.


Qual o esquema de utilização?

Crianças menores de nove anos que estejam fazendo a vacina pela primeira vez ou que não tenham recebido duas doses da vacina a partir de 2010 recebem duas doses, com um mês de intervalo. A dose para crianças de seis meses a 3anos de idade é 0,25mL. Para os maiores é de 0,5mL.




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